Wednesday, December 26, 2007

Jason Mraz - Waiting For My Rocket To Come



Artista: Jason Mraz
Lançamento: 15 de Outubro de 2002

Dos melhores discos de 2002, Waiting For My Rocket To Come não tem uma falha. Assinalando a estreia de Jason Mraz, este disco é uma autêntica preciosidade. Mraz também não fez as coisas por menos. Aliou a sua capacidade vocal única, com os dotes de produção de John Alagía, conhecido pelos seus trabalhos com Dave Matthews Band, John Mayer, David Gray ou Lifehouse, apenas para nomear alguns, que empresta ao disco uma tonalidade e intrumentalidade suave e perfeita. Os singles sucederam-se a entupir os tops americanos: The Remedy, Curbside Prophet, You And I Both e Sleep All Day. Absolutely Zero é, para mim, uma das melhores músicas de sempre, embora esteja um pouco escondida no disco.

Mraz tinha conquistado o seu espaço. A extensa tournée de divulgação de Waiting For My Rocket To Come levou Mraz a conquistar, em difinitivo, o público americano, sendo considerado a principal revelação de 2002 pela Billboard.

Guster - Keep It Together



Artista: Guster
Lançamento: 24 de Junho de 2003

O terceiro disco de originais dos Guster, Keep It Together, assinala a chegado da banda ao sucesso comercial, com dois singles, Amsterdam e Careful, a atingirem o Top40 americano. Gravado num período de dois anos, os Guster dedicaram especial atenção a toda a preparação de Keep It Together. Talvez por isso, em mais nenhum disco da sua carreira tenhamos uma linearidade tão perfeita. De Diane a Two At A Time, são 14 músicas que os Guster nos oferecem, num folk rock alternativo, carregado de harmonia, suficientemente sofisticado para nos prender a atenção.

Mantendo os arranjos simples, Keep It Together consegue atingir uma vasta audiência, relançando a carreira dos Guster. Homecoming King, Keep It Together e Jesus On The Radio, que a banda toca ao vivo em versão unplugged, são outros destaques.

Five For Fighting - The Battle For Everything


Artista: Five For Fighting
Lançamento: 3 de Fevereiro de 2004

Depois do estrondoso sucesso de America Town, John Ondrasik, o homem por detrás dos Five For Fighting, tinha a árdua tarefa de compor um disco que suplantasse o anterior, para não cair na desgraça dos One Hit Wonders. Socorreu-se de Bill Botrell, o produtor por detrás de nomes como Sheryl Crow, Elton John ou Tom Petty, para preparar The Battle For Everything. O resultado é uma obra prima de composição, arranjos, instrumentalidade e versatilidade de Ondrasik. 100 Years, o primeiro single, foi mais um tema a atingir o primeiro lugar norte-americano, consolidando definitivamente Ondrasik como um dos principais compositores americanos do novo século.

Mantendo a fórmula dos trabalhos anteriores, assente numa mistura de Billy Joel meets Bruce Springsteen, Ondrasik oferece baladas como Dying ou Maybe I, juntamente com um rock tradicional americano como em NYC Weather Report ou Disneyland. The Devil In The Wishing Well e If God Made You foram os outros singles extraídos de The Battle For Everything.

Friday, November 23, 2007

Dido - No Angel


Artista: Dido
Lançamento: 1 de Junho de 1999

No Angel é o primeiro disco da carreira da cantora britânica Dido e que imediatamente a lançou para o estrelato com vendas superiores a 12 milhões de exemplares por todo o mundo. O sampling de Thank You que Eminem usou em Stan, incluído em The Marshal Matters EP de 1999, ajudou a alertar para esta cantora que aparecia no video-clip. Com o lançamento de No Angel e permanente exposição de temas como Here With Me, Thank You e Hunter, Dido embarcou numa extensa tournée que colocou o seu nome nos top de preferências de ouvintes por todo o mundo em 1999 e 2000. No Angel acabaria por ser o disco mais vendido no Reino Undio em 2001, dois anos após o seu lançamento original. 2002 ainda foi um ano de consagração para Dido, ao arrecadar dois Brit Awards, de Best Album e Best British Female.

Robbie Williams - I've Been Expecting You


Artista: Robbie Williams
Lançamento: 26 de Outubro de 1998

O segundo disco de originais de Robbie Williams após o abandono dos Take That, consagra definitivamente a carreira a solo deste ex-boys band. Tendo sido um dos discos mais vendidos em 1998 e 1999 no Reino Unido, temas como Millennium (o primeiro número 1 de Williams no Reino Unido), She's The One (que lhe valeria um BRIT Award de Single Of The Year), No Regrets ou Strong, rodaram extensamente em Airplay por toda a Europa. Mantendo a sua colaboração com o co-escritor e produtor Guy Chambers, Robbie também inicia em I've Been Expecting You algumas colaborações que mais tarde recuperaria para outros trabalhos, como Neil Tennant dos Pet ShopBoys, ou Neil Hannon dos The Divine Comedy. A extensa tournée de suporte também contribuiu para elevar o estatuto de Robbie a Mr. Entertainment que, como ninguém, capitalizaria nos anos seguintes.

REM - Up


Artista: REM
Lançamento: 26 de Outubro de 1998

Up é o primeiro lançamento dos REM após o abandono de Bill Berry, o eterno baterista da banda. A sua saída foi electronicamente compensada através do recurso a drum machines, o que acaba por transferir para todo o disco uma abordagem toda ela mais electrónica. Esta mudança, obrigou também os REM a mudarem de produtor. Scott Litt, o produtor quer os acompanhosu nos 10 anos anteriores foi substituído por Pat McCarthy, com Nigel Godrich, o produtor dos Radiohead, a assitir em algumas faixas. Toda esta nova orientação quebrou com alguma rotina discográfica dos REM e obrigou o público a repensar a sua ligação à banda. Mas temas como At My Most Beautiful e, principalmente, Daysleeper, descansaram todos aqueles mais habituados ao som tradicional dos REM. O legado ainda lá estava, embora com outra roupagem. Lotus e Suspicion são os restantes temas fortes de Up.

Toda a tensão inerente à saída de Bill Berry está latente na orientação mais melancólica do disco. O espectro da rotura definitiva que pairou sobre a banda acabaria por ter reflexos na composição e instrumentalização. Se os Radiohead encontraram em Up alguma inspiração para Kid A, foi só isso mesmo. Up é um disco bem orientado e talvez dos mais conseguidos da carreira dos REM.

Friday, November 16, 2007

INXS - Kick


Artista: INXS
Lançamento: 19 de Outubro de 1987

Existe um antes de Kick e um depois de Kick na carreira dos INXS. Certo que já tinham editado alguns discos antes, mas nunca nada que se parecesse com o estrondoso sucesso planetário de Kick. Rapidamente, temas como I Need You Tonight, Mystify, Never Tear Us Apart e New Sensation, estouraram por rádios e pistas de dança mundiais, contribuindo para que Kick vendesse apenas nos EUA mais de 10 milhões de cópias.

Michael Hutchence apresenta-se em grande forma, ajudando com magníficas prestações ao vivo na extensa tournée de Kick, a elevar ainda mais o status de culto da banda. Com uma brilhante produção de Chris Thomas, habituado a trabalhar com nomes como Paul McCartney, Elton John ou Pink Floyd, Kick tem uma incrível sequenciação de faixas que dão uma continuidade inabalável a todo o disco. São quase 40 minutos de música ininterrupta da mais alta qualidade a todos os níveis. O problema de Kick é que parece ter esgotado a veia criativa de Hutchence e Tim Farriss. Nunca depois de Kick conseguiram os INXS apresentar algo de remotamente semelhante. Mas depois de Kick, puderam dar-se ao luxo de tudo...

Wednesday, November 14, 2007

Don Henley - Building The Perfect Beast


Artista: Don Henley
Lançamento: Novembro de 1984
Building The Perfect Beast é o segundo disco de originais de Don Henley após o abandono dos The Eagles. O disco ganhou imediato sucesso devido sobretudo à inclusão de The Boys Of Summer. Nomes como Mike Campbell e Danny Kortchmann juntam-se a Henley e afastam-no, e bem, do estilo mais soft e folk-country dos The Eagles para um rock mais comercial. A aventura rendeu-lhe um Grammy para Best Male Rock Vocal Performance, e um MTV Video Award para The Boys Of Summer.

Os outros singles retirados de Building The Perfect Beast, All She Wants To Do Is Dance, Sunset Grill e Not Enough Love In The World, também tiveram bastante sucesso comercial e honras de extenso airplay nas rádios americanas. Em síntese, Building The Perfect Beast transporta Henley para um universo distinto do que se movimentava anteriormente, cimentando um lugar ao sol de onde não saíria na década de 80.

Tuesday, November 13, 2007

Teddy Geiger - Underage Thinking


Artista: Teddy Geiger
Lançamento: 21 de Março de 2006

Com apenas 17 anos, Teddy Geiger lança um dos discos que mais rodei em 2006. O que impressiona é que Geiger não só intepreta, como assina a composição de quase todos os temas do disco. Quando não está sozinho na composição, Geiger alia-se a nomes como Billy Man e Christopher Rojas, talentosos compositores nova-iorquinos habituados a compor para as estrelas mais proeminentes da indústrica discográfica actual, e que assinam também a produção do disco. Com um estilo pop/rock de fácil digestão, mas assente em linhas criativas muito clássicas e próximas do rock mainstream tradicional, Geiger consegue uma coerência muito forte por todas as 12 músicas do disco, num exercício de maturidade de difícil compreensão para alguém tão novo. Destaque para For You I Will (Confidence), These Walls, e A Million Years. As duas primeiras foram lançadas como singles.

Shawn Mullins - 9th Ward Pickin' Parlor


Artista: Shawn Mullins
Lançamento: 2006

Desde que chegou à fama mundial com Lullaby, em 1998, incluído no álbum Soul's Core, Shawn Mullins tem-se mantido fiel ao seu estilo de folk rock americano, com influência country. A sua descomprometida composição e os seus arranjos simples, tornam cada disco de Shawn Mullins um exercício de descontracção. Embora nunca tenha conseguido suplantar o êxito de Soul's Core, não deixa de ser verdade que Mullins se emprega a fundo em cada disco. E 9th Ward Pickin' Parlor segue essa linha. Com dois singles de relativo sucesso, Beautiful Wreck e Find Love, parace que Mullins não consegue ir mais longe, não por falta de qualidade, mas talvez por falta de divulgação. Em Portugal não me lembro de ouvir Beautiful Wreck uma única vez nas rádios.

Por todo o disco, Mullins exercita-se por entre os universos Folk rock, mantendo sempre um alinha adulta contemporânea bem forte. Exemplo disso é a superior rendição de The House Of The Rising Sun, o clássico imortalizado pelos The Animals em 1964. Mullins consegue manter, assim, uma audiência eclética e bastante fiel ao seu repertório.

Sunday, November 11, 2007

Richard Ashcroft - Keys To The World


Artista: Richard Ashcroft
Lançamento: 23 de Janeiro de 2006

Keys To The World continua fiel ao estilo de Ashcroft, podendo fazer parte também de qualquer discografia dos The Verve, a banda que o tornou famoso. Volta a seguir a linha alternativa indie que sempre o caracterizou, com melodias simples, superiores orquestrações da London Metropolitan Orchestra, que entram em oito das dez músicas do disco, e instrumentais seguros. A potência de arranque de Why Not Nothing parece contradizer todo alinhamento posterior, onde Music is Power, Break The Night With Colour, Words Just Get In The Way e Why Do Lovers brilham a alta intensidade no habitual registo de Ashcroft.

Chris Potter volta a ser o produtor de serviço, como em todos os discos a solo de Ashcroft, bem como em alguns dos The Verve, o que demonstra a vontade de manter a mesma linha orientadora de sempre. Os resultados estão lá em mais um excelente disco.

Saturday, November 10, 2007

Keane - Under The Iron Sea


Artista: Keane
Lançamento: 12 de Junho de 2006

Seria possível fazer melhor do que Hopes & Fears? Provavelmente não. Mas também não deve ter sido com essa pressão que os Keane entraram em estúdio para gravarem este segundo disco. Mantiveram-se completamente fiéis ao seu estilo, excepção feita a Is It Any Wonder que mais parece um tema dos U2, embora não tão mau como o quiseram fazer parecer. Mas a fórmula está lá. Algumas das músicas já tinham sido testadas ao vivo na tournée de Hopes & Fears, como Hamburg Song, Nothing In My Way e Try Again. A boa receptividade deu razão aos Keane. Continuavam no bom caminho. Aliás, Tim Rice-Oxley aproveitou esta extensa tournée para compor mais de 50 músicas de onde saíu o alinhamento de Under The Iron Sea.

O que é inegável é que toda a ambiência em Under The Iron Sea reflecte o mau estar que a banda atravessou entre o primeiro e segundo disco. As letras não negam esta particularidade. Já Strangers, o DVD que saíu entre os dois discos, mostrava alguma dessa fragilidade emocional com que os Keane se depararam com a súbita fama. Mas, no final, parece ter contribuído para fortalecer ainda mais este trio, que continua, sem guitarras, a fazer um som rock stadium absolutamente único.

Josh Rouse - Subtitulo



Artista: Josh Rouse
Lançamento: 21 de Março de 2006

Sexto álbum de originais de Rouse que acompanha a sua mudança de residência para Espanha. E talvez seja esta a razão do ambiente ainda mais calmo em comparação com Nashville, o seu registo anterior. Subtítulo apresenta registos mais europeus em Rouse, não esquecendo as suas raízes no folk indie americano. Quiet Town e Summertime são bons exemplos da vida mediterrânica que Rouse agora leva e que o inspira. Rouse parece bem consigo próprio nesta ambiência e embora Subtítulo não tenha os rasgos emocionais de outros trabalhos, demonstra uma faceta criativa mais relaxada e positiva. It Looks Like Love parece ser o tema orientador em termos mentais de toda a estrutura do disco. Rouse reencontra-se psicologicamente. Dois temas em espanhol, La Costa Blanca e El Otro Lado, carimbam em definitivo o seu estado de graça em terras espanholas.

Jackie Greene - American Myth


Artista: Jackie Greene
Lançamento: 14 de Março de 2006

American Myth foi o primeiro disco que conheci de Jackie Greene. Fiquei logo cliente. Cantor, autor e multi-instrumentalista, Greene assume sem complexos uma variedade de influências do folk rock americano, salta à vista Fogerty ou Dylan, passando pelo rock mais puro ao estilo dos Rolling Stones, não esquecendo os temas acústicos. Para além do majestoso Supersede, no qual Greene nos brinda com 10 minutos do mais puro folk americano, destaco Love Song 2:00 AM, uma balada acústica que mostra muitas das potencialidades melódicas de Greene, e So Hard To Find My Way, acompanhada de uma secção de sopro. O disco conta com a produção de Steve Berlin dos Los Lobos, que ajuda na orientação bluesy e folk que o disco por vezes assume.

Wednesday, November 07, 2007

The Elected - Sun, Sun, Sun


Artista: The Elected
Lançamento: 24 de Janeiro de 2006

Este é o segundo disco da carreira dos Elected, e o primeiro que conheci. A familiaridade das músicas e da sonoridade causou-me imediato impacto. Estamos perante um daqueles discos que deixamos a tocar repetidamente e, ao fim de três ou quatro audições, já estamos viciados. O som indie dos Elected é contagiante. Would You Come With Me, Not Going Home ou I'll Be Your Man, deveriam ter tido honras de maior exposição e airplay. Sun, Sun, Sun foi dos discos que mais prazer me deu descobrir em 2006.

Foi quando aprofundei um pouco mais os meus conhecimentos sobre os Elected que descobri que dois dos seus elementos fazem também parte dos Rilo Kiley, uma banda que já conhecia, mas que também passei a dar mais atenção. A voz de Blake Sennett é mais proeminente nos Elected, já que nos Rilo Kiley partilha a vocalização com Jenny Lewis. Talvez seja por isso que prefiro os Elected. Aconselho muito esta banda e vou passar a estar bastante atento aos próximos lançamentos.

Monday, November 05, 2007

Corinne Bailey Rae - Corinne Bailey Rae


Artista: Corinne Bailey Rae
Lançamento: 24 de Fevereiro de 2006

O disco de estreia de Corinne Bailey Rae começa com Like A Star. E é precisamente com esse estatuto que ela chega ao mercado discográfico inglês, ocupando durante largos meses os primeiros lugares. E se a mensagem do segundo single era Put Your Records On, então foi o que fiz, e ouvi repetidamente o disco de estreia desta inglesa. É um trabalho acústico soul notável, e a revelação de uma voz suave e harmoniosa que me acompanhou vários momentos.

Todo o disco é musicalmente coerente na interpretação, arranjos e instrumentalização. Corinne mistura o melhor do soul acústico com novos elementos de chill e electrónica, numa suave mistura, elegantemente produzida. Destaque ainda para Trouble Sleeping e I'd Like To, os restantes singles extraídos. Com mais de 700.000 cópias vendidas, foi o décimo terceiro disco mais vendido de 2006 em Inglaterra.

Fairground Attraction - The First Of A Million Kisses


Artista: Fairground Attraction
Lançamento: 1988

The First Of A Million Kisses foi o primeiro trabalho lançado pelos Fairground Attraction que os colocou de imediato no primeiro lugar do top inglês, graças sobretudo à performance e sucesso de Perfect, o primeiro single extraído. A banda liderada por Eddi Reader, mistura elegantemente, neste disco, uma fusão de british-folk, jazz e sons tradicionais e populares. A originalidade dos temas criados por Mark Nevin, o guitarrista, causou impacto suficiente para que ganhassem o BRIT Award de 1989 na categoria de melhor álbum. Foram ainda lançados como singles Find My Love, que também atingiu o top 10 britânico, A Smile In A Whisper e Clare.

Os Fairground Attraction não durariam muito como banda, vivendo sempre à sombra do sucesso de Perfect. Editaram mais um disco, dois anos depois, mas sem chama. Eddi Reader prossegue uma carreira a solo sem grandes picos.

Sunday, November 04, 2007

Sheryl Crow - Sheryl Crow


Artista: Sheryl Crow
Lançamento: 24 de Setembro de 1996

O homónimo segundo disco de Sheryl Crow é seguramente o seu disco mais intimista e pessoal. Depois do sucesso de Tuesday Night Music Club, Sheryl Crow emabarca num som muito menos comercial. Todas as faixas deste segundo disco têm mensagens muito próprias e que reflectem o estado de espírito da cantora. Da política de venda de armas da WalMart (que baniu a venda do disco), passando pelo aborto, solidão, até à guerra nuclear, Sheryl Crow expressa a sua opinião de uma forma bastante agressiva e intimista. Dando um cunho muito pessoal a todo o trabalho, Sheryl assume, para além da composição, a produção do disco.

Os singles extraídos do disco, If It Makes You Happy (que lhe valeu dois Grammys), A Change Would Do You Good, Everyday Is A Winding Road e Home, tiveram bastante sucesso nas rádios. No total, o disco vendeu mais de 4 milhões de exemplares.

Saturday, November 03, 2007

John Waite - No Brakes


Artista: John Waite
Lançamento: 1984

Quanto mais não seja por conter Missing You, um dos maiores hinos dos anos 80, já merece a pena ter uma cópia de No Brakes de John Waite. Certo que o resto do disco não levanta grandes sobressaltos nem consegue apresentar nenhuma outra faixa sequer comparável, mas No Brakes ainda é uma aposta segura e, muito seguramente, o disco que tornou John Waite conhecido. Embora seja injusto catalogá-lo como um One Hit Wonder, pela extensa carreira e colaboração com outras bandas de relativo sucesso (foi vocalista dos Bad English por exemplo), Waite consegue em No Brakes produzir um hit absolutamente planetário e que ainda hoje é ouvido, re-gravado e copiado por inúmeros outros artistas, como Tina Turner no seu disco Wildest Dreams de 1996 e, mais recentemente, Rod Stewart.

Em No Brakes, Waite explora um rock demasiado simples e por vezes previsível. Restless Heart ainda é a única faixa que escapa a esta percepção geral, com riffs mais originais e um som mais compacto. Mas foi Tears, o terceiro single, que consegui chegar mais perto da proeza de Missing You, entrando para o Top 10 americano.

Lighthouse Family - Postcards From Heaven


Artista: Lighthouse Family
Lançamento: Outubro de 1997

Postcards From Heaven é o segundo disco de originais dos Lighthouse Family e, provavelmente, o seu disco de maior sucesso e reconhecimento. Com três singles que atingiram o Top 10 inglês, Raincloud, High e Lost In Space, este disco revela as habilidades vocais de Tunde que emprega ao disco uma ambiência bastante calma e relaxante. Catalogados como uma banda de easy listening, os Lighthouse Family atingiram, com este disco, um sucesso que se estenderia ao mundo inteiro.

Postcards From Heaven segue, contudo, uma linha um pouco diferente do primeiro trabalho, numa maior coerência sonora por todo o disco que lhe confere um estatuto mais amadurecido. Poucos não reconhecerão as faixas deste disco que inundaram bares e restaurantes como som de fundo. E o mais surpreendente é que ficámos com estas músicas gravadas na memória com um carácter imtemporal. Não é isso que todos os músicos pretendem ?

Friday, November 02, 2007

Sting - Nothing Like The Sun


Artista: Sting
Lançamento: 01 de Outubro de 1987

O segundo disco a solo de Sting depois do abandono dos The Police, marca um afastamento ainda maior do estilo que rodeava as suas composições. Se em The Dream Of The Blue Turtles já se notava a inclusão de estilos mais perto do jazz e do funk, em Nothing Like The Sun, Sting explora ainda mais essas facetas, como em Englishman In New York, mantendo contudo as melancolias tradicionais de trovador solitário. A atmosfera mais sombria que percorre muitas áreas de Nothing Like The Sun têm origem num estado de espírito profundamente melancólico associado à morte da sua mãe no ano anterior. Por outro lado, a sua participação como activista em movimentos da Amnistia Internacional, levaram Sting a relacionar-se com várias culturas sul-americanas, com reflexo em alguns temas, como They Dance Alone, ou na edição da versão espanhola de Nada Como El Sol.

We'll Be Together, lançado como o primeiro single, acaba por ser a mais faixa mais distante de toda a orientação do disco, com o seu estilo bastante dançável, sendo contudo a porta de entrada para o sucesso do disco, tendo rodado com bastante sucesso em rádios a nível mundial. Be Still My Beating Heart foi o último single extraído.

Maroon 5 - Songs About Jane


Artista: Maroon 5
Lançamento: 25 de Junho de 2002

Adam Levine, o vocalista dos Maroon 5, afirmou que todas as músicas de Songs About Jane foram compostas sob a influência de marijuana. Podemos dizer que foi uma trip fantástica, pois o disco de estreia dos Maroon 5 não podia ser melhor. Mas não foi uma viagem fácil. Harder To Breathe, o primeiro single do disco, demorou a entrar em airplay, e só depois do lançamento dos restantes singles, This Love e She Will Be Loved, é que Songs About Jane viria a alcançar um estatuto de estrela, acabando por ser o sétimo disco mais vendido nos EUA em 2004, dois anos após o lançamento. O reconhecimento internacional viria ainda mais tarde. 2005 e 2006 foram os anos de estatuto planetário para os Maroon 5.

Os Maroon 5 dedicam o disco a Jane, uma ex-namorada de Levine, e a faixa This Love é uma completa rendição dessa relação. Mas há uma comunhão de toda a banda em redor de Jane numa alegoria que diz que se deve ultrapassar um desmanche amoroso através da união de um grupo de amigos a divertirem-se a tocar e a cantar. A fusão resultante de R&B, funk e pop estimulam a boa disposição que extravasa todas as faixas, mesmo as mais melancólicas, numa mensagem de que há vida depois da dor e do sofrimento amoroso.

Gotan Project - Lunatico


Artista: Gotan Project
Lançamento: 10 de Abril de 2006

É fácil gostar dos Gotan Project. E daí talvez não...É esta dificuldade de compreensão da mistura de tango com electrónica que provoca esta sensação inicial de não sabermos muito bem se gostamos ou não. Confesso que tive de ouvir algumas vezes Lunatico até começar a ficar viciado na sonoridade. São talvez poucas as pessoas que que se sentem imediatamente contagiadas pelos ritmos do tango de Buenos Aires, misturados com downbeats e upbeats electrónicos. Mas certo é que ninguém fica indiferente e, eventualmente, todos acabam por gostar. Hoje, sou fã incondicional desta banda parisiense e anseio por novos lançamentos.

A originalidade dos Gotan Project faz com que as suas músicas sejam requisitadas para séries de televisão como Nip/Tuck ou Sexo e a Cidade, para além de filmes e documentários.

James Blunt - Back To Bedlam


Artista: James Blunt
Lançamento: 11 de Outubro de 2004

Tal como milhares de outras pessoas, conheci o inglês James Blunt através da mega-platinada balada You're Beautiful, que tocou até à exaustão em rádios e televisões um pouco por todo o mundo. Não fiquei imediatamente impressionado, nem depois de outra balada forte, Goodbye My Lover. Foi quando já o estava a catalogar como mais um cantor romântico que comecei a descobrir a outra face de Blunt. High, Wisemen e So Long Jimmy acabaram por me revelar um James Blunt bastante mais criativo, mais próximo do rock acústico e folk.

A caminhada de Back To Bedlam nos tops mundiais foi similar ao meu reconhecimento das habilidades de Blunt. Lançado em Novembro de 2004, só alcançaria o nº 1 em Julho do ano seguinte, acabando por ser o disco mais vendido do ano em Inglaterra. Com tanto sucesso, a famosa revista New Music Express não teve outra hipótese que não atribuir-lhe o título de pior disco do ano. O que é certo é que Back To Bedlam acabaria por ter 8 faixas das 10 que compõem o disco licenciadas para séries de televisão, anúncios e filmes, num total de 34 vezes. Nada mau para uma estreia.

The Fray - How To Save A Life


Artista: The Fray
Lançamento: 13 de Setembro de 2005

How To Save A Life é o disco de estreia dos americanos The Fray e que lhes rendeu logo três singles de sucesso, Over My Head, How To Save A Life e Look After You, tendo os dois primeiros atingido o top 3 da Billboard. Facilmente comparáveis ao rock mais mainstream inglês, dos Coldplay ou Keane, por também serem uma banda de rock feito essencialmente ao piano, os The Fray distanciam-se pela sonoridade mais alternativa americana, dos Live, Third-Eye Blind ou Vertical Horizon.

Esta fusão de estilos, granjeou fama mundial aos The Fray, com How To Save A Life a estourar por rádios, séries de televisão, e anúncios promocionais, um pouco por todo o mundo. Injustamente catalogados de previsíveis, pelos críticos do costume, os The Fray conquistaram muito justamente o seu espaço e estão a começar a construir uma carreira sobre uma base musical bastante sólida. Certo é que, dois anos após o lançamento, ainda continuam a ser lançados singles deste disco, como All At Once, recentemente lançado e já com boa performance nos tops.

Edwin McCain - Lost In America


Artista: Edwin McCain
Lançamento: 11 de Abril de 2006

Lost In America é o sétimo álbum de originais de Edwin McCain e, claro está, não recebeu as melhores críticas nos EUA, embora os dois singles Grammercy Park Hotel e Truly Believe, tivessem uma boa performance nas rádios. Tudo porque McCain foi criticado pelo som demasiado mainstream e radio-friendly de Lost In America. Não posso discordar mais. Por todo o disco, encontramos referências ao popular som rock americano, de Springsteen ou Fogerty, tão difícil de encontar hoje em dia. Tudo devidamente arrumado no seu sítio.

Ouço Lost In America com muita frequência e consigo encontrar uma mistura de rock, blues, folk e country. McCain prova que está em grande forma na composição e mantém os arranjos simples e as instrumentalizações puras. Recorre a algumas técnicas vocais, mas no conjunto, é uma produção crua tocada oa vivo no estúdio. Para os apreciadores da herança do bom rock tradicional americano.

Thursday, November 01, 2007

Donavon Frankenreiter - Move By Yourself


Artista: Donavon Frankenreiter
Lançamento: 06 de Junho de 2006

Donavon Frankenreiter conheceu Jack Johnson enquanto surfista. Pouco tardou para que cimentassem uma amizade que ainda hoje os une e que teve influências recíprocas na música de ambos. Se Johnson atingiu o estrelato mais cedo e um reconhecimento planetário, Frankenreiter ainda não chegou a esse patamar mas não por falta de qualidade ou inferioridade face aos trabalhos de Johnson. Move By Yourself é um bom exemplo disso.

O homónimo disco de estreia de Frankenreiter tinha sido lançado na Brushfire Records de Johnson e reflectia toda a influência deste nas sonoridades, arranjos e produção. Move By Yourself, editado pela Lost Highway Records, editora de, entre outros, Ryan Adams, já revela uma sonoridade mais distante das simplicidades de Johnson, com arranjos e orquestrações mais complexas. Frankenreiter parece ter encontrado o seu próprio espaço, num ambiente mais funky, mas carregado do positivismo das ondas do mar. Um fantástico exercício de composição, homogéneo e deliciosamente fácil de ouvir.

Wednesday, October 31, 2007

Ben Lee - Awake Is The New Sleep


Artista: Ben Lee
Lançamento: 22 de Fevereiro de 2005

Awake Is The New Sleep é o quinto disco de originais do australiano Ben Lee e o disco de maior sucesso da sua carreira. Impulsionado pela suceso dos singles Gamble Everything For Love e Catch My Disease, Awake Is The New Sleep lançou Ben Lee para o mercado mundial, conquistando principalmente o mercado americano. Catch My Disease viria a fazer parte da banda sonora de Anatomia de Grey e do filme Just Friends.

Produzido por Brad Wood, que trabalha regularmente com Pete Yorn, Better Than Ezra e Smashing Pumpins, tendo estado também por detrás do regresso das Bangles em 2003, este disco de Ben Lee reflecte uma maior maturidade, almejando atingir um público mais vasto. O efeito foi conseguido com extenso airplay dos singles editados. No seu todo, Awake Is The New Sleep é bastante coerente, revelando um compositor mais tranquilo e distante do lado sombrio que caracterizou os seus trabalhos anteriores. Obrigatório.

Tuesday, October 30, 2007

Athlete - Tourist


Artista: Athlete
Lançamento: 31 de Janeiro de 2005

Dos melhores discos de 2005, não consigo encontrar uma falha em Tourist dos Athlete, o segundo disco destes londrinos. Wires, Tourist, Half Light, e principalmente Twenty-Four Hours, fizeram parte da minha selecção musical favorita desse ano e, ainda hoje, consigo encontrar excelentes razões para escolher Tourist como companhia em variadíssimos momentos.

Demonstrando algum afastamento musical do primeiro disco e, para mim, ainda bem, os Athlete consolidaram em Tourist uma sonoridade bastante mais rica e próxima das grande bandas inglesas da actualidade. Comparações inevitáveis com os Coldplay ou Travis, os Athlete não esquecem as suas influências nos Flaming Lips. Tudo misturado, Tourist representa uma mistura única de sonoridade, por vezes muito indie, mas essencialmente contemporânea e, em muitos aspectos, inovadora. Tourist coloca a fasquia muito alta para os Athlete. Espero que trabalhos futuros não desiludam e consigam construir sobre esta excelente base. O problema reside sempre nos críticos mais espertos que conseguem sempre puxar as bandas para sonoridades menos mainstream, criticando tudo o que tem sucesso e aplaudindo de pé tudo o que seja alternativo e experimental. Espero que os Athlete consigam escapar e não voltar para as sonoridades mais sombrias do primeiro disco.

The Rolling Stones - Voodoo Lounge


Artista: The Rolling Stones
Lançamento: 11 de Julho de 1994

Depois do sucesso de Steel Wheels e da extensa tournée de suporte, que os trouxe a Portugal pela primeira para um memorável concerto no Estádio de Alvalade em 1990, os Stones fizeram uma pausa de cinco anos. Mick Jagger e Keith Richards aproveitaram para continuarem as respectivas carreiras a solo. Quando acharam que tinha chegado o momento, recrutaram Don Was para a produção e lançaram mãos à obra.

Como em todos os trabalhos dos Stones, o álbum foi precedido de um single forte de projecção, Love Is Strong, que trepou pelos tops mundiais. Seguiram-se a habitual balada, Out Of Tears, e os típicos sons Stones com You Got Me Rockin' e I Go Wild. Do alinhamento de Voodoo Lounge conseguimos detectar traços da sua sonoridade dos anos 70, como em New Faces, Sweethearts Together ou Blinded By Rainbows. Seguramente que Don Was esteve por detrás desta orientação. Mas, o que distingue Voodoo Lounge de trabalhos mais recentes dos Stones, e lhe dá mais crédito, é a diversidade de estilos presentes no disco, o arrojo criativo de algumas interpretações e, sobretudo, de arranjos, com recurso a alguns instrumentos pouco tradicionais nas sonoridades mais recentes dos Stones.

Com Voodoo Lounge, os Stones marcaram o reencontro com os típicos sons que fizeram deles a maior banda do mundo, embora este seja o primeiro trabalho sem o baixista de sempre, Bill Wyman. Seguiu-se a habitual estrondosa tournée. Rock'n'Roll Circus no seu melhor.

Red Hot Chili Peppers - Californication


Artista: Red Hot Chili Peppers
Lançamento: 8 de Junho de 1999

Californication marca o regresso de John Frusciante aos Red Hot Chili Peppers. O resultado é uma viragem de som para um estilo muito mais mainstream e comercial. Mantendo o rock de fusão hip-hop e funk, tão característico, Californication procura, contudo, alargar a audiência tradicional dos RHCP. O sucesso de temas como Scar Tissue, Californication, Around The World e Otherside fazem deste o disco de maior sucesso da carreira dos RHCP. E justamente.

A produção de Rick Rubin, que no mesmo ano trabalharia nos novos discos de Tom Petty e Sheryl Crow, assegura esta passagem para um formato mais comercial, não tão do agrado da habitual comunidade de aficionados ods RHCP, mas que fez com que ficassem definitivamente na boca do mundo. Com vendas superiores a 15 milhões de unidades a nível mundial, Californication foi também acompanhado de premiados vídeos musicais. No seu todo, marca a chegada definitiva dos RHCP a um lugar de destaque de onde nunca saíriam.

Friday, October 19, 2007

Jack Johnson - In Between Dreams


Artista: Jack Johnson
Lançamento: 1 de Março de 2005

Há coisas de que não nos livramos ao ouvir Jack Johnson: uma sensação de calma, relaxe e positivismo. Tudo o que caracteriza as despreocupadas composições de Johnson. E ainda bem que assim é. Se nos dois primeiros trabalhos, Brushfire Fairytales e On And On, já tínhamos ficado a saber com o que contávamos, neste In Between Dreams, Johnson atinge o topo. Este surfista feito músico brinda-nos com uma mistura de reggae e folk, bem regado por letras descomplexadas e de bom astral, sem esquecer a abordagem leve a temas contemporâneos, como em Good People. A sensação com que ficamos, é que Johnson procura transportar o seu estilo de vida no Hawaii e numa cabana tropical, a surfar todo o dia, para os ambientes cosmopolitas do universo das grandes mercados musicais onde, invariavelmente, a sua música acaba. E nós agradecemos. A acessibilidade das músicas não nos obriga a grandes esforços de compreensão e catalogação. É bom, ponto final. E é para ouvir do princípio ao fim, desfrutando do universo que Johnson nos passa. Tentamos imaginar-nos lá, onde o sol brilha e o mar é azul e tudo é tão mais calmo.

Ryan Adams - Gold


Artista: Ryan Adams
Lançamento: 25 de Setembro de 2001

Gold é o segundo disco de originais de Ryan Adams e, à primeira audição, parece que percorremos todo o continente americano, todas as raízes e estilos musicais, do rhythm & blues ao country. Ryan Adams parece prestar homenagem a todos aqueles que o influenciaram a seguir uma carreira musical. Gold apresenta-nos uma variedade de estilos numa coerência imponente. Ao ouvirmos as faixas deste disco ficamos com a sensação que já as ouvimos, ou que os sons nos são familiares. E talvez seja isso que o tenha motivado na sua passagem do country alternativo para um rock maisntream carregado de raízes. E talvez a sua mensagem seja essa mesma. A de que é possível fazer boa música com sonoridade actual prestando tributo merecido às influências. Gold é simplesmente genial do princípio ao fim, de New York, New York, a faixa de abertura, a Goodnight, Hollywood Boulevard, a faixa de encerramento. Vamos de costa a costa dos EUA, percorrendo todas as sonoridades tão tipicamente americanas. Para além de New York, New York, que a MTV celebrou após os ataques do 11 de Setembro, Gold também contém "When The Stars Go Blue", que viria a ser um clássico na versão dos The Corrs com Bono dos U2.

Tuesday, April 03, 2007

Damien Rice - O



Artista: Damien Rice
Lançamento: 1 de Fevereiro de 2002

O Álbum de estreia do irlandês Damien Rice não podia ser melhor. Um fantástico exercício de melodia, arranjos e instrumentalidade. Demasiado simples por vezes, mas absorvente na globalidade. Parece que estamos numa sala sozinhos, com ele a tocar para nós. E deixamo-nos ir. As músicas são geralmente tocadas à viola com acompanhamento de violoncelo. Por vezes temos Lisa Hannigan no suporte de voz. Nada de grandes extravagâncias. Unplugged e acústico. Como todos os grandes discos, só começou a ser reconhecido quando um dos temas, The Blower’s Daughter, foi incluído na banda sonora de Closer, um filme de 2004 com Julia Roberts e Jude Law, que fez com que os senhores da indústria re-editassem o disco com um daqueles autocolantes “Inclui o tema da banda sonora de Closer”, como se o disco não valesse mais nada senão por isso. Assim se apanham os desprevenidos...Sintetizando, O é um retrato a preto e branco de música na sua melhor forma, colorido por letras profundas, num contraste perfeito.

Friday, March 30, 2007

David Usher - Hallucinations



Artista: David Usher
Lançamento: 9 de Setembro de 2003

Hallucinations é o terceiro disco deste canadiano. Confesso que não o conhecia antes de ouvir The Time Of Our Lives, um dos temas do disco. Gostei e aprofundei. No geral, Hallucinations não tem grandes sobressaltos. Arrisca alguns experimentalismos mas sem grandes aventuras. Talvez ainda bem que assim seja. Usher procura por vezes conquistar um público mais alternativo, não esquecendo nunca o mainstream a que se propôs. Aprendemos a gostar deste disco. Se da primeira vez não estamos conquistados, Usher acaba por consegui-lo à terceira ou quarta audição. Vocalista dos Moist, uma banda com relativo sucesso no Canadá, Usher aventurou-se a solo em 1998 com Little Songs, seguido por Morning Orbit em 2001. Usher fala de Hallucinations como um disco de experiências diárias transpostas para música. Os estados de espírto misturam-se com a realidade confundindo-a. Destas alucinaçóes nasce este disco e Usher convida-nos a embarcar nesta aventura. Vale bem a pena o tempo e o esforço dedicado a este canadiano. Não é apenas mais um singer/songwriter. Usher tem muito mais para oferecer e Hallucinations é um bom ponto de partida para conhecê-lo.

Keane - Hopes & Fears


Artista: Keane
Lançamento: 10 de Maio de 2004

Hopes & Fears é daqueles discos que só conseguimos deixar de ouvir quando acaba. Todas as músicas podiam ser singles ou alvo de airplay em qualquer rádio. Linhas melódicas fortes, arranjos simples, pureza de instrumentos e som directo sem grandes produções, fazem deste disco dos Keane uma referência de 2004. É certo que é facil fazer colagens aos Coldplay, aos Oasis ou ao melhor que se faz na chamada Brit-Pop. Mas não terão todos bebido da mesma fonte Lennon-McCartney ? O que assusta nesde disco é pensar que a dose não se reptirá e que a fórmula se esgotou neste primeiro trabalho, como já aconteceu com tantas bandas. Mas isso não retira mérito aos Keane, pelo contrário. O falsetto de Tom Chaplin chega a ser arrepiante e a substituição do piano pelas guitarras, acentua a carga emocional de algumas músicas. Tudo conjugado, Hopes & Fears é obrigatório em qualquer discoteca perfeita. Esperemos que não seja filho único.

Thursday, March 29, 2007

Josh Rouse - Nashville


Artista: Josh Rouse
Lançamento: 14 de Fevereiro de 2005

Nashville é o quinto álbum de originais do norte-americano Josh Rouse. Contém pérolas como Winter in The Hamptons, It's The Nightime e Sad Eyes. Rouse revela todos os seus dotes de singer/songwriter num álbum profundamente melódico, muito bem arranjado. Talvez um dos melhores da sua carreira, Nashville ouve-se descomprometidamente e apresenta-nos um autor confortável no seu espaço, seguro das suas composições e a arriscar nos arranjos. Talvez em nenhum outro trabalho se consiga perceber tanto de Rouse. Talvez só isso baste para que seja obrigatório.

Wednesday, March 28, 2007

Five For Fighting - America Town


Artista: Five For Fighting
Lançamento: 26 de Setembro de 2000

Foi com America Town que descobri os Five For Fighting e tudo o que John Ondrasik é capaz de fazer. Um dos melhores compositores da actualidade. É em America Town que temos Superman (It's Not Easy), talvez o melhor hino aos ataques de 11 de Setembro de 2001. A música fez chorar os americanos quando Ondrasik a tocou ao vivo no The Concert For New York City, e prolongou a magia. Quase um ano nos tops americanos. Do estilo de Ondrasik, apenas podemos dizer que temos de Springsteen a Billy Joel, com um pouco de Elton John. Mistura-se o rock tradicional americano com uma forte linha melódica que Ondrasik transporta para todas as suas composições. Tendo o piano como forte elemento orientador, e a inconfundível voz de Ondrasik, America Town percorre todo um universo de sensações, de perda a inquietude, de amor a desorientação. Um desconhecido em Portugal que se torna obrigatório conhecer. Felizmente que existe o Amazon para comprarmos os seus discos...

Bebel Gilberto - Tanto Tempo


Artista: Bebel Gilberto
Lançamento: 2000

Tanto Tempo é o primeiro disco de originais de Bebel Gilberto, filha de João Gilberto e da cantora Miúcha, e coloca logo a fasquia demasiado alta. A voz de Bebel e a sonoridade que mistura electrónica com Bossa Nova transportam-nos para um ambiente sofisticado. Antes de fixar residência em Nova Iorque, Bebel instalou-se em Londres para preparar Tanto Tempo. Acabou por trabalhar com Suba e Amon Tobin, acabando por fazer muito sucesso na nova geração de artistas electrónicos que não poupam os seus temas a remisturas, como os Thievery Corporation. O trabalho final resultou num mega-platinado disco que vendeu mais de 1 milhão de cópias. Um disco minuciosamente preparado, misturado e produzido. Um esforço altamente meritório e muito bem recebido pela invulgaridade sonora.

Monday, February 19, 2007

Mika - Life In Cartoon Motion


Artista: Mika
Lançamento: 5 de Fevereiro de 2007

O primeiro disco deste libanês radicado em Inglaterra não podia ser mais promissor. Mika consegue misturar influências tão díspares como o Glam Rock dos anos 70 (impossível não reconhecer a época de ouro dos Queen, com o próprio Brian May a identificar-se com fã de Mika) com a synth-pop dos anos 80, até à corrente electrónica actual. Mas também temos um pouco de New Wave e de Brit-Pop. Tudo junto, Life In Cartoon Motion revela um artista descomplexado em explorar vários caminhos e tendências e a misturar tudo harmoniosamente num disco que se ouve animadamente do princípio ao fim. Grace Kelly será talvez das mais originais músicas de 2007. Destaque também para Lollipop, Relax, Take It Easy e Love Today.

Thursday, December 14, 2006

Aqualung - Strange & Beautiful


Artista: Aqualung
Lançamento: 22 de Março de 2005

Aqualung é o stage name de Matt Hales, um singer/songwriter inglês. Strange And Beautiful assinala o seu lançamento no mercado americano e não é mais do que uma colectânea dos seus dois primeiros discos, Still Life e Aqualung. Ambos tinham alcançado um relativo sucesso no mercado inglês, principalmente com I'll Put A Spell On You, que a Volkswagen tinha aproveitado para um dos seus anúncios, e Brighter Than Sunshine, que viria a ser incluido na banda sonora de A Lot Like Love. Este lançamento americano precedeu um novo acordo com a Columbia Records para o lançamento mundial dos discos de Aqualung, servindo Strange & Beautiful como o primeiro disco dessa discografia universal.

Para além destes dois temas de grande destaque e popularidade nos airplays americanos, Left Behind é outro dos temas fortes.

Aqualung é acima de tudo um compositor ao piano e essa vocação é inteiramente assumida nos seus temas. A forte educação clássica está também presente nos arranjos e orquestrações de todos os temas. Matt Hales assume as composição musical e a produção de todas as faixas e reparte as letras com vários autores.

Wednesday, December 13, 2006

Alanis Morissette - Jagged Little Pill


Artista: Alanis Morissette
Lançamento: 13 de Junho de 1995

Antes de Jagged Little Pill, Alanis Morissette era conhecida apenas pelo primeiro nome e tinha dois discos editados bastante medíocres. Aliás, na sua página oficial, estes dois primeiros discos são esquecidos, assumindo Jagged Little Pill o estatuto de primeiro disco oficial. Lembro-me da primeira vez que ouvi You Oughta Know, o primeiro single. Lembro-me de ter ido a uma discoteca perguntar se tinha o disco. Lembro-me da cara do vendedor da loja. Soletrei o nome e o apelido. Deu no mesmo. Nunca tinha ouvido falar. Na altura não havia o amazon.com. Esperei...

Mas não tive de esperar muito. Não tardou que You Oughta Know, You Learn, Ironic, Hand in My Pocket e Head Over Feet estoirassem nas rádios mundiais, catapultando Alanis Morissette para um estatuto que talvez ela própria nem imaginasse. A qualidade patente em Jagged Little Pill não foi nunca mais alcançada nos trabalhos posteriores desta canadiana.

A parceria com Glen Ballard, que assume a co-produção e escrita de todas as músicas com Alanis, valeu-lhe 5 Grammys. Ambos voltaram a colaborar no trabalho seguinte de Alanis, mas já sem o sucesso do primeiro esforço.

Jagged Little Pill é dos poucos discos a ter alcançado a proeza de permanecer mais de um ano no top ten de discos mais vendidos nos EUA.

Elliott Smith - Figure 8


Artista: Elliott Smith
Lançamento: 18 de Abril de 2000

Quanto mais não seja por ser o último trabalho que Elliot Smith gravou ainda vivo, Figure 8 merece destaque em qualquer colecção discográfica. Tido como um dos mais promissores singer/songwriters da sua geração, Smith, que se suicidou a 21 de Outubro de 2003, deixou um legado artístico que viria a influenciar muitos dos actuais cantautores mundiais. Como em todos os grandes génios, viveu conturbado e em constante abuso de substâncias, tendo passado os seus últimos dias com alucinações e esquizofrenia.

A capa de Figure 8, uma parede existente em Los Angeles, é hoje um local de culto repleta de mensagens, flores e velas. Mais uma razão para Figure 8 ser um disco indispensável.

Musicalmente, Smith explora sons muito característicos dos trovadores dos anos 60, como Lennon, McCartney, ou Ray Davies. Grande parte do disco foi gravado nos míticos estúdios Abbey Road. Foi durante a tournée promocional de Figure 8 que Smith começou a agravar os seus vícios e a entrar numa espiral de dependência que acabariam por o levar ao suícidio. Pela importância história de ser um documento de um génio conturbado, Figure 8 é obrigatório em qualquer colecção.

Tuesday, December 12, 2006

Madonna - Ray Of Light


Artista: Madonna
Lançamento: 3 de Março de 1998

Ray Of Light marca uma viragem musical de Madonna, que parece ter sempre o condão de saber rodear-se das pessoas certas nas alturas apropriadas. O que justifica a longevidade popular da rainha da POP é esta aptidão invulgar. Madonna esforçou-se muito para encontrar o parceiro certo para a orientação mais trip-hop, étnica e techno presente em Ray Of Light: William Orbit. Foi com Orbit que Madonna encontrou o rumo certo para esta nova orientação e que tão bons frutos deu. Drowned World e Ray Of Light são bons exemplos. Orbit reparte a produção do disco com Madonna, o que atesta a cumplicidade que ambos assumiram nesta nova aventura musical.

Mas Madonna mantém o relacionamento com Patrick Leonard, com quem colabora desde os tempos de Live To Tell, em dois outros temas fortes do disco, Frozen e Nothing Really Matters e com Rick Nowells em, entre outros, The Power Of Goodye.

Pela importância que assume nesta viragem de estilo, e pela influência que viria a ter em trabalhos posteriores de dezenas de outros artistas, Ray Of Light merece um lugar destaque em qualquer colecção discográfica.

Saturday, December 09, 2006

Lenny Kravitz - 5


Artista: Lenny Kravitz
Lançamento: 12 de Maio de 1998

Lenny Kravitz já se tinha categorizado como um dos principais rockers mainstream da década de 90, principalmente com Are You Gonna Go My Way e Mama Said, mas é em 5, que Kravitz alarga a sua audiência para um público muito mais vasto. Fly Away, um dos singles do disco, acabaria por se tornar num dos temas mais rodados de 1998 sendo, até hoje, um dos temas mais conhecidos de Kravitz.

Para além de Fly Away, 5 ainda contém Thinking Of You, dedicado à sua mãe que falecera recentemente, If You Can't Say No, e I Belong To You, que também rodariam bem nas tabelas mundiais. Como em trabalhos anteriores, Kravitz assume a responsabilidade de produção e composição, sendo que em 5 inova ao introduzir uma componente mais digital para obter um som mais moderno. O uso de sintetizadores e tape loops dão uma sonoridade mais moderna a Kravitz e, consequentemente, alargam o seu espectro de audiência. Sem nunca esquecer o seu estilo funky e soul dos anos 70, Kravitz consegue, talvez como em nenhum outro trabalho, misturar essas sonoridas com a ambiência rock em que tão bem se move. O resultado é um disco bastante completo e muito bem planificado.

Friday, December 08, 2006

Bryan Ferry - Boys And Girls


Artista: Bryan Ferry
Lançamento: Junho de 1985

Boys And Girls é o primeiro trabalho a solo de Bryan Ferry depois do último dos Roxy Music, Avalon de 1982. Embora Ferry já tivesse uma carreira a solo paralela ao trabalho que desenvolvia nos Roxy Music, Boys And Girls marca a separação definitiva da banda que o tornou famoso. Se, em termos de estilo, não difere muito de Avalon, contando igualmente com a produção de Rhett Davies, que também colaborava com os Dire Straits, Robert Palmer ou Talking Heads, neste trabalho Ferry assume-se ainda mais comercial e acessível.

Os dois grandes singles do disco, Slave To Love e Don't Stop The Dance, retomavam o caminho sonoro de More Than This e Avalon, permanecendo longas semanas nos tops um pouco por todo o mundo. No auge da popularidade, Slave To Love viria a fazer parte da banda sonora de 9 Semanas e Meia, o clássico com Mickey Rourke e Kim Basinger.

No seu conjunto, Boys And Girls é um disco bastante harmonioso, de fácil audição e que herda todo o legado histórico dos Roxy Music.

Bonnie Tyler - Secret Dreams And Forbidden Fire


Artista: Bonnie Tyler
Lançamento: 1986

Secret Dreams And Forbidden Fire surge no auge do relacionamento de Bonnie Tyler com Jim Steinman, depois do sucesso de Faster Than The Speed Of Night, de 1983, e da contribuição de Holding Out For A Hero para a banda sonora de Footloose em 1984, que aliás é repescado para este disco. E, como em tudo o que Steinman toca, a magia deste disco prende-se acima de tudo com a qualidade da sua produção, dos arranjos às misturas, com as habituais cargas dramáticas, coros e explosões orquestrais. Para além de produzir, Steinman ainda avança com dois originais, Loving You's A Dirty Job But Somebody's Gotta Do It, um dramático dueto de Tyler com Todd Rundgren e que viria a trepar pelos tops internacionais, e a faixa de abertura, Ravishing.

Temos ainda composições de Desmond Child, If You Were A Woman (And I Was A Man) , outro single extraído deste disco e Lovers Again, e da dupla Bryan Adams/Jim Vallance em No Way To Treat A Lady, todos produzidos por Steinman, que lhes dá o incomparável toque.

Robert Palmer - Riptide


Artista: Robert Palmer
Lançamento: Novembro de 1985

Riptide é provavelmente o trabalho mais conhecido de Robert Palmer, quanto mais não seja por incluir aquele que é considerado o seu hino, Addicted To Love. Produzido no rescaldo da sua relação com os Power Station, banda que formou com alguns dos elementos dos Duran Duran, Riptide ainda assenta fortemente nessa relação. Muita do sonoridade presente em Riptide ainda cola aos Power Station.

Contudo, Palmer consegue distanciar-se ao introduzir a sua sonoridade típica, nomeadamente na versão de I Didn't Mean To Turn You On, um original de Cherrelle do ano anterior e que viria a ser outro dos temas fortes do disco. Aliás, o facto do disco ser produzido por Bernard Edwards, um dos membros dos Chic, empresta a Riptide uma mistura única de sonoridades. Apenas como curiosidade, Addicted To Love era para ser um dueto com Chaka Khan, mas à última hora, por razões contratuais, acabou por não se concretizar, o que ilustra bem a influência de Edwards neste trabalho.

Robert Palmer, que morreu em 2003 vítima de ataque cardíaco aos 54 anos, deixa um legado forte com Riptide. Para quem o quiser descobrir...

Thursday, December 07, 2006

The Quireboys - A Bit Of What You Fancy


Artista: The Quireboys
Lançamento: 1990

Ainda tinha eu o meu programa na rádio quando me foi apresentado A Bit Of What You Fancy dos The Quireboys. Lembro-me que coloquei o vinil no prato e, aos primeiros acordes de 7 O'Clock, faixa de abertura, fique imediatamente rendido. A sonoridade, a voz de Spike, a potência do som deixaram-me colado ao gira-discos. Lembro-me que saí apressadamente do estúdio no final do programa e fui à primeira loja de discos aberta para comprar um exemplar. Na transição do vinil para CD, A Bit Of What You Fancy foi a minha primeira compra no novo formato. Tudo isto apenas para ilustrar o que gosto deste disco. É fenomenal do princípio ao fim.

A amigos seleccionados, tenho promovido, ainda hoje, este disco. Ainda não encontrei ninguém que não tenha gostado ou tido um impulso de compra. De 7 O'Clock a Take Me Home, as músicas de A Bit Of What You Fancy foram a banda sonora de muitos momentos da minha vida. Muitos inesquecíveis.

Mas o que tem de tão especial? Em primeiro lugar a sonoridade hard-rock fortemente carregada de rhythm & blues, com um piano forte a marcar a melodia, depois a voz rouca de Spike a emprestar uma carga poderosa a todos os temas e, por último, uma produção crua que nos transporta para um ambiente de live concert. Absolutamente genial. Destaco, para além de 7 O'Clock, Sweet Mary-Ann, I Don't Love You Anymore, Hey You, Misled e There She Goes Again, isto sem desprimor para as outras.

James Morrison - Undiscovered


Artista: James Morrison
Lançamento: 31 de Julho de 2006

Quem não ouviu You Give Me Something esteve fora do Planeta Terra durante o ano de 2006. Talvez das músicas mais bem conseguidas do ano, que catapultou James Morrison para a liderança de tops a nível internacional. A estreia não podia ser mais feliz. Undiscovered revela um músico pleno de talentos. A par do primeiro single, Undiscovered revela ainda The Pieces Don't Fit Anymore, Wonderful World e Undiscovered que acabariam por rodar em airplay e em séries televisivas. Morrison consegue o feito quase exclusivo de tornar a sua voz reconhecível aos primeiros acordes, algo ao alcance de muito poucos.

Fui descobrindo Undiscovered single a single até ouvir o disco todo. Não consigo encontrar uma faixa má, mal conseguida ou mal produzida. Morrison esmerou-se a todos os níveis para conseguir um produto final que nos acompanhe no dia-a-dia com suavidade. São discos destes que merecem o que custam e que justificam o investimento. Como para outros artistas, resta-me a mágoa existencial de temer pelo próximo disco. Quando a fasquia é muito alta...